revista puc minas

Pós-graduação Aplicação de recursos acessível

Boa opção para investidores de todos os portes, mercado de capitais é tema de MBA na Universidade

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“O correto seria a pessoa física acumular pequenos lotes de ações durante a vida, para, dessa forma, ter investimentos mais rentáveis do que na poupança, e, assim, conseguir acumular uma riqueza maior para a aposentadoria”

Professor Juliano Pinheiro

Bolsa de valores, mercado de ações, debêntures, dividendos. Embora corriqueiros nas páginas de economia, esses termos, ligados ao mercado de capitais, nem sempre são claros para o leigo. Mas, se parecem distantes do cotidiano do cidadão comum, podem ser bastante acessíveis e tornar-se fonte de aplicação de pequenos investidores que desejam reservar recursos para uma futura aposentadoria ou outros planos mais ambiciosos.

Mas, afinal, o que é o mercado de capitais? De forma bastante simplificada, é um sistema criado para facilitar a capitalização das empresas, isto é, para financiá-las através da emissão e venda de títulos ao público. Se uma empresa precisa de dinheiro para crescer, ela vende ações no mercado. As bolsas de valores criam, organizam e regulam mercados, onde essas ações emitidas podem ser negociadas com confiança e transparência.

Há quem pense que o mercado de capitais é destinado apenas aos grandes investidores. Mas a verdade é que até mesmo com pequenas quantias é possível comprar ações de uma empresa. “O simples ato de investir o dinheiro ainda é muito mistificado no Brasil. Nós não fomos criados com uma boa educação financeira. O correto seria a pessoa física acumular pequenos lotes de ações durante a vida, para, dessa forma, ter investimentos mais rentáveis do que na poupança, e, assim, conseguir acumular uma riqueza maior para a aposentadoria. Em outros países já desenvolvidos, as pessoas não só adquirem lotes de ações das empresas, como acompanham o dia a dia das organizações, para saber as consequências das ações delas no dinheiro investido”, garante o professor Juliano Pinheiro, coordenador do MBA em Mercado de Capitais de Derivativos da PUC Minas e presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG).

Oportunidade de realizar investimentos

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"Hoje eu invisto para benefício próprio de forma muito mais consciente. Pago a minha aposentadoria privada por meio dos frutos colhidos no mercado de capitais”

Adriano Moreira

O mercado de capitais proporciona às pessoas comprar ativos e tornarem-se sócias de empresas para poder acumular recursos financeiros, visando uma aposentadoria mais tranquila. Na outra ponta, estão as empresas que precisam de dinheiro emprestado para crescer. “Todos saem beneficiados no final. O mercado de capitais está presente na vida das pessoas, dando oportunidade de realizar investimento, e na vida das empresas proporcionando sócios para ajudar no crescimento. Possibilita também que a sociedade consiga sustentabilidade por meio de ações que são realmente importantes para ela.

Quando se aplica dinheiro no banco, estamos comprando uma promessa de que nosso dinheiro estará disponível em determinada data com uma remuneração esperada. O lastro ou onde o dinheiro será aplicado nem sempre fica muito claro para o cliente. Quando se investe em uma empresa é diferente, sabemos exatamente em que estamos investindo e existe a propriedade sobre um ativo real (a empresa). Além disso, a empresa sofre fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tem de prestar contas aos sócios, evitando o desvio de finalidade no investimento dos recursos, explica o professor.

O grande problema, na visão de Juliano, é que o brasileiro não tem uma cultura financeira desenvolvida. Para quem deseja atuar na área é necessário investir em qualificação. “A Universidade é o melhor lugar para buscar esse tipo de conhecimento e, principalmente em Minas Gerais, o mercado é muito carente em profissionais dessa área”, defende.

Por enxergar um grande potencial na área é que o gerente de Tecnologia da Informação (TI) Adriano Moreira decidiu investir em qualificação. “Unir conhecimento em tecnologia com mercado de capitais é o meu objetivo com o MBA em Mercado de Capitais e Derivativos da PUC Minas. Hoje eu invisto para benefício próprio de forma muito mais consciente. Pago a minha aposentadoria privada por meio dos frutos colhidos no mercado de capitais”, garante.

Apesar de não atuar diretamente na área de mercados de capitais, Gustavo Garreto, membro do Conselho Deliberativo da Fundação Libertas de Seguridade Social, acompanha investimentos dos diversos planos de previdência administrados pela fundação. A Fundação Libertas é o fundo de pensão dos empregados das empresas públicas estaduais: Codemig, Copasa, Cohab, MGS e Prodemge. “O que me motivou a procurar a especialização em mercado de capitais foi a necessidade de me aprimorar neste segmento, no intuito de desempenhar com mais segurança minha função de conselheiro, pois o objetivo maior de um fundo de pensão é garantir uma suplementação de renda que mantenha o poder aquisitivo de seus participantes durante a aposentadoria. Por isso, o melhor desempenho dos investimentos são de vital importância para um fundo de pensão”, esclarece Garreto.

Traçando objetivos

Quando queremos viajar, traçamos algumas metas e rotas. Quando o assunto é poupar ou investir não é diferente. O objetivo a ser alcançado deve estar bem definido, assim como as reais possibilidades de atingi-lo. Não adianta estabelecermos metas impossíveis a serem cumpridas e desistirmos no meio do caminho.

É melhor começarmos devagar, traçando objetivos fáceis de alcançar, até irmos, pouco a pouco, adquirindo a disciplina necessária e aprendendo com os erros e acertos, para então podermos finalmente definir metas mais arrojadas.

A primeira tarefa é definirmos nossos planos para o futuro, estimando o valor a ser investido e o período no qual esse valor ficará aplicado para, em seguida, adotarmos as providências necessárias para alcançar tais objetivos.

A persistência é fundamental para o sucesso do plano, pois costuma ser grande a tentação de gastarmos imediatamente o que ganhamos.

Embora o valor a ser poupado varie conforme os rendimentos e a meta financeira de cada um, uma atitude é comum a todos: é necessário gastar menos do se que ganha.

Sendo assim, precisamos ter sempre em mente os motivos que nos levaram a economizar, além de converter o ato de poupar em um hábito presente no nosso dia a dia.

 

Planeje

Há várias opções de investimento, mas antes de aplicar é importante estabelecer:

  1. A quantia que será aplicada;
  2. Por quanto tempo poderá dispor do dinheiro;
  3. Quanto de risco está disposto a assumir em face do que pretende ganhar.

Fonte: portaldoinvestidor.gov.br

 

Mais informações sobre o MBA: pucminas.br/iec

 

 


Saiba mais

ANTES DE INVESTIR

Por que investir?

Antes de pensar em investir, você deve se fazer a seguinte pergunta: “Para que vou aplicar meu dinheiro?”

Se você ainda não tiver a resposta, pare e reflita. Ter um objetivo é o primeiro passo para um investimento de sucesso. Analise, antes de tudo, a sua situação financeira.

Anote em um papel o que você possui de bens (e aí você pode incluir carro, casa etc), quanto dispõe de capital (ou seja, quanto você tem no banco) e quais são as suas despesas e dívidas (prestações, cartões de crédito, despesas mensais, absolutamente tudo).

Nada deverá escapar deste “pente fino”, pois, do contrário, você pode se prejudicar ao gastar um dinheiro que pode lhe fazer falta.

 

Fonte: portaldoinvestidor.gov.br

 

 

Texto
Mariana Zocratto
Fotos
1Acervo Pessoal
2Marcos Figueiredo
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