1982. O ponto de partida para a criação do Museu de Ciências Naturais foi a coleção de escavações paleontológicas do professor Castor Cartelle Guerra, que, desde então, mantém-se à frente dessa área no Museu. Ainda naquele ano, sua equipe descobriu o fóssil de um tatu gigante extinto há mais de dez mil anos, o Pampatherium Humboldti , cuja carapaça, posteriormente montada, tornou-se o símbolo da instituição.
Dentre os objetivos do Museu, citem-se: o estímulo à “formação de uma consciência crítica quanto à necessidade de preservação de nosso patrimônio natural, científico, histórico e cultural, a promoção de “ações voltadas para a área de Educação Ambiental” e o desenvolvimento de “projetos de investigação científica ligados às diversas áreas da Zoologia, Ecologia, Paleontologia e Botânica”.
Com a denominação de Museu PUC Minas, ele foi inaugurado em 3 de julho de 1983. Era um pequeno galpão adaptado correspondente ao atual prédio número 10 do Campus Coração Eucarístico. Quatro anos depois de criado, o grande afluxo determinou o seu fechamento ao público.
Baseando-se em uma concepção museológica contemporânea, as novas (e atuais) instalações foram iniciadas em 1998 e inauguradas em 21 de agosto de 2002, permitindo a montagem de exposições permanentes e temporárias, a realização de cursos, oficinas, eventos e palestras, bem como o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de iniciação científica.
Em 2002, ao completar 20 anos, o acervo era composto por cerca de 30 mil peças de fósseis paleontológicos, e, como exemplares tombados: 3.205 anfíbios, 469 répteis, 1.101 peças de mastozoologia e 1.104 de ornitologia. E foi visitado por 14.635 pessoas, sendo a metade delas estudantes de escolas públicas.
Nos seus 25 anos, comemorados em 2008, o Museu foi visitado por mais de 51 mil pessoas, permanecendo a predominância de alunos matriculados em escolas públicas. Suas coleções aumentaram consideravelmente, como, por exemplo, os fósseis paleontológicos que superavam 50 mil peças, e os anfíbios, que abrangiam 10.945 peças. Além disso, desde 2012, por escolha do governo estadual, o Museu é o marco zero do projeto de turismo científico Rota Lund, também integrado pelo Parque Estadual do Sumidouro e pelas grutas da Lapinha, em Lagoa Santa, Rei do Mato, em Sete Lagoas, e a de Maquiné, em Cordisburgo.
O roteiro percorre o caminho feito pelo paleontólogo Peter Lund, que fez grandes descobertas em Minas Gerais, no século XIX, cujos registros e objetos foram, em grande parte, incorporados ao Museu de Ciências Naturais.
Página sob a responsabilidade do professor Caio Boschi, diretor do Centro de Memória e de Pesquisa Histórica da PUC Minas. Além de viabilizar o aprofundamento da pesquisa histórica, entre outras atividades, o Centro acumula um significativo acervo sobre a memória da Universidade.