As redes sociais e a velocidade de propagação de informações pela internet impuseram ao mundo uma nova realidade comunicacional. Vivemos inseridos em um momento marcado pela midiatização profunda, conceito estabelecido pelo pesquisador alemão Andreas Hepp que tem como cerne a onipresença das plataformas digitais no nosso cotidiano.
Nesta entrevista, conversamos com a Professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Geane Carvalho Alzamora, Doutora em Comunicação e Semiótica, pesquisadora e parecerista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Dedica-se, principalmente, aos seguintes temas: transmedia, jornalismo, semiótica e comunicação. A Profª Geane reflete sobre o desafio da sociedade atual e dos meios de comunicação ao tratar da desinformação e da circulação e processamento de um volume de dados cada vez maior.
Quais são os fatores mais impactantes em termos dessas novas dinâmicas que hoje percebemos no ecossistema midiático?
Do meu ponto de vista, é a dificuldade em distinguir traços genuínos de imagens, textos, vídeos e ausência de parâmetros de confiabilidade em processos de mediação tradicionais da informação, como a imprensa, por exemplo, configuram os maiores desafios deste momento. Porque nós perdemos estes parâmetros de confiabilidade e não conseguimos mais distinguir entre o falso e o verdadeiro. Não que isso já não existisse. A manipulação técnica dos meios sempre existiu. Josef Stalin se notabilizou pela manipulação das imagens fotográficas. Walter Benjamin, na Segunda Guerra, publicou um livro superinteressante que trata dessa história que é A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica. Mas na proporção como acontece hoje, no sentido de que isso está à disposição de qualquer cidadão e não precisa mais de um conhecimento especializado para isso, certamente é o que mais dificulta o ecossistema midiático contemporâneo. A desinformação que emerge não é simplesmente a mentira, que seria fácil de resolver, e sim uma espécie de distorção ética da informação. É um tipo de produto distópico daquilo que o Nick Couldry e Andreas Hepp, que são dois autores importantes dessa discussão de midiatização, chamam de midiatização profunda, que está relacionada a onipresença das plataformas e objetos digitais na nossa vida cotidiana. Eu acho que isso é o mais complicado, porque não demanda um conhecimento técnico, especializado e qualquer tipo de intervenção e pode ganhar uma circulação massiva. Assim, as pessoas perdem os parâmetros de confiabilidade e, com isso, nos tornamos reféns dessas formas de comunicação que hoje nem são vistas como mídia, mas são modelos de negócios de tecnologia e que invadem a nossa vida cotidiana.
Um dos dilemas contemporâneos é essa contraposição real e virtual. Essa dissociação ainda faz sentido? Ela não é temerária porquê poderia significar, para muitos, que erros e crimes cometidos no mundo virtual não impactariam a realidade?
Essa distinção não faz sentido há muito tempo. Talvez tivesse lógica nos anos 90, quando a discussão começou com Edgar Morin, por exemplo. Mas desde que a gente entrou no domínio das mídias sociais, chamadas de quinto poder, isso não faz mais sentido. Uma pesquisa publicada recentemente mostrou que o brasileiro está em segundo lugar no consumo de telas. Então nós passamos a nossa vida nas telas. É o que eu disse sobre a dimensão dessa midiatização profunda. Isso permeia nossa vida cotidiana de modo indissociável. Não há mais uma distinção entre o que é próprio das ruas e o que é próprio das telas. E eu acho que o apogeu disso, do que a gente tem chamado de midiatização profunda, foi durante a pandemia de Covid-19, quando a mobilidade urbana foi suspensa num determinado período, mas seguimos com atividades culturais, sociais, de trabalho, mediados pelas redes tecnológicas de comunicaçã
Então, essas formas contemporâneas do que a gente chamava de mundo virtual, são as formas de mediação da contemporaneidade, por meio das quais estabelecemos as nossas interações cotidianas com uma tecnologia nova nos moldes de sua novidade na contemporaneidade.
Na sociedade da desinformação, a mídia tradicional tem perdido a credibilidade de ser uma fonte segura de informação? Nós vemos movimentos tentado descredibilizar a imprensa. Quais são os efeitos práticos para a sociedade deste fenômeno que nós estamos vivendo?
Esse é um processo que já vem acontecendo há um bom tempo. A sociedade contemporânea é fortemente entendida como sociedade da desinformação, não como um contraponto ao que a gente chamava de sociedade da informação, que era uma sociedade marcada pela comunicação em rede, pela informação como capital diferenciado. Isso ainda ocorre. Mas também há um desenvolvimento destes processos, de tal modo que a notícia falsa não tem apenas a intenção de enganar, mas tem também uma forma de circulação da informação que engana para adquirir visibilidade midiática. Por isso, eu prefiro chamar as notícias falsas de desinformação, para dar conta de outras dimensões. Nesse contexto, a desinformação vai se tornar endêmica. Nós vivemos, pelo menos desde os anos 80, na chamada crise da representação, que se refere ao saber especializado proveniente da modernidade. Por exemplo, a imprensa e os partidos políticos. No caso da imprensa, paulatinamente, foi perdendo o seu lugar de credibilidade na sociedade, e antes era chamada de quarto poder e servia como vigilância da democracia. Isso era muito importante como um papel social da imprensa. À medida que se desconfia desse lugar da imprensa e, junto com isso, a gente vai multiplicando as formas de mediação da informação, que não precisam passar necessariamente por aquilo que a gente entendia como gatekeeping, que era o porteiro da informação. Só vinha a público aquilo que passava pelo crivo da checagem da informação. Nós entramos no contexto das agências de checagem contemporânea. O que vamos checar é informação que já viralizou. Seja real ou não, é isso que passa a importar. Então, eu não acredito que a imprensa tenha perdido a sua relevância. Acredito que nunca se consumiu tanta informação quanto hoje.
E ela ainda é um parâmetro importante para a confiabilidade. As críticas que a imprensa recebe ainda são uma forma de legitimar o lugar importante que ela ocupa na sociedade. Mas ela sofre as consequências de um processo histórico de descrédito social em função, primeiro, da crise da representação e, segundo, das formas clássicas da mediação nessa sociedade de midiatização profunda. Por exemplo, no Twitter, eu sigo Dalai Lama, sigo o Papa, o Obama, o Lula, o Bolsonaro, porque é onde eu vou ter as informações em primeiríssima mão.
Como é que você vê essa sensação de que boatos, discurso de ódio, fake news parecem ter uma potência maior de circulação na sociedade?
Infelizmente, eu acho que não é uma sensação, é um fato. A repercussão de qualquer uma dessas questões aparece muito fortemente porque esse é um traço marcante da sociedade da desinformação. Acredito que podemos entender a sociedade contemporânea como um desdobramento distópico dessa sociedade da informação. Isso significa que um dos traços dessa sociedade da desinformação na contemporaneidade é aquilo que o Bruno Latour chamava num dos seus últimos textos, Onde Aterrar Pouco Antes de Morrer, que era a impossibilidade de criar um mundo comum. Nós perdemos essa capacidade. Então isso é um problema gravíssimo para a área de comunicação porque, do ponto de vista etimológico, a comunicação tanto aponta para o comum, para uma ideia de comunhão, quanto para uma disjunção. E esse paradoxo se torna a engrenagem da sociedade da desinformação. Isso vai ser amplificado exponencialmente no que a gente chama de câmaras de eco nas conexões de mídias sociais. Então, o que que ocorre é nós nos tornamos cada vez mais reféns dos grupos com os quais convivemos no WhatsApp, no Facebook, no Instagram. Então eu tenho sempre a sensação de que o meu pensamento é majoritário, porque a quase totalidade das pessoas com as quais eu convivo cotidianamente nessas conexões pensa exatamente como eu penso. E isso desemboca, por exemplo, naquela hashtag datapovo. Seria impossível um instituto de pesquisa dizer que o meu candidato não tem chances de ganhar no primeiro turno porque todo mundo que eu convivo pensa exatamente como eu penso. Quem não pensa como eu penso é bobo, é mau caráter, isso dos dois lados da polarização política. Então é próprio da sociedade da desinformação inflamar esses discursos. Há uns 10 anos, isso estava na deep web, aqueles fóruns que quase ninguém entrava, só os muito radicais. E isso agora aflora de maneira muito forte. Eu costumo brincar que os grupos de fake news são agora os grupos de família, os grupos de amigos de escola que vão se formando no WhatsApp. Isso é muito importante para a gente começar a pensar como que a sociedade contemporânea vai se tornando o que alguns autores têm chamado na sociedade do cansaço. Um cansaço brutal que a gente tem de tudo porque não encontramos mais essa dimensão de partilha, isso que é o básico da comunicação. Nós temos que buscar um consenso, mas o que não significa concordar com tudo o que eu penso.
Nós concordamos em discordar. Isso é o fundamento da democracia, o fundamento da comunicação. E é isso que, no meu ponto de vista, está em jogo quando a gente vê esses discursos de ódio, uma pré-mediação dos fatos. Os casos de ataques nas escolas, por exemplo. Efetivamente não precisava ocorrer, isso já gera um pânico nas conexões de mídias sociais e amplifica o alcance social desse acontecimento antes mesmo que ele ocorra. Então isso é próprio da sociedade contemporânea.
Com a disponibilização do ChatGPT, como você avalia que isso vai influenciar essa sociedade da desinformação, uma vez que ele gera informação sem checar a procedência. Ele pode ser usado para redundar informações que não são verdadeiras?
Este é um problema muito complexo e que demanda maior atenção, não apenas dos pesquisadores, mas como da arena pública, inclusive para ver como que ele entra na sociedade. Toda a tecnologia que aparece enquanto novidade gera uma certa desconfiança. Por exemplo, guardadas as devidas proporções, a calculadora não impediu que as crianças aprendessem o raciocínio matemático. O ChatGPT é o primeiro tipo de inteligência artificial que aparece mais fortemente, mas outros vão surgir. Ele tende a ser a evolução natural do que a gente conhece hoje como a internet. Eu acho que a gente precisa ter cuidado com isso, assim como é preciso ter cuidado com as informações que viralizam sem checagem. É necessário otimizar essas arenas de verificabilidade e de curadoria da informação para que elas não estejam totalmente sob o domínio do algoritmo. De algum modo, já está. Basta nos perguntarmos quantas vezes por dia cada um de nós passa pelo Google. E se o Google te pergunta: você quis dizer isso? Você tende a concordar. Se o Google falou que devia ser de outro jeito que você devia escrever aquela palavra, certamente o Google está correto. E se a sua informação não aparece nas três primeiras páginas do Google, ele é indizível para você, você já muda sua palavra-chave. De algum modo, já estamos nesse cenário. É isso que é a midiatização profunda que eu já citei anteriormente. Mas o que me causa estranhamento, que eu acho curioso, é que alguns empresários e intelectuais de grande renome mundial vêm a público dizer que têm medo disso, mas eles não vêm a público falar sobre perigos muito mais eminentes para a humanidade como a mudança climática, por exemplo. Eu acredito que a mudança climática seja algo muito mais prejudicial à humanidade que a inteligência artificial, que pode ter um lado bom e um lado ruim, dependendo que o uso que faz dela. A mudança climática só tem lado ruim. A tecnologia em si, qualquer tecnologia, ela não é boa e nem ruim. Bom ou ruim são os usos sociais que fazemos delas. Então isso que eu acho que é importante estarmos atentos neste momento. Qual é o uso social que a gente pode fazer disso, que aparece como um serviço?
Neste cenário que tecemos até agora, há alguma coisa que o cidadão comum possa fazer? E qual o papel do poder público nisso? Pensando que essas coisas impactam, atingem pessoas e literalmente podem estragar vidas. É um assunto que é muito sensível que é o controle. Quando você pensa no que cada um pode fazer individualmente, mas na coletividade, o que que seria uma ação aceitável do Estado? Como conjugar isso?
Eu vou começar falando do poder público. A primeira questão é que quando a gente vivia a comunicação de massa, lá no século XX, os meios de comunicação eram na forma de concessão pública. Então um canal de televisão, uma estação de rádio, eram de concessão pública e quem detinha essa concessão tinha responsabilidade social. Tinha que seguir uma série de parâmetros de lei e dar uma resposta à sociedade pelo uso que fazia dessa concessão, que inclusive não era eterna, e sim renovada de tempos em tempos. E nem naquela época os meios de comunicação de massa tinham esse poder que é apregoado a eles. Talvez tivessem lá no século XX, na Segunda Guerra Mundial, com Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Mas depois disso não. E só a gente lembrar que no Brasil, nos anos 80, o Leonel Brizola se elegeu tantas vezes quanto ele quis como governador do Rio de Janeiro, no quintal da Rede Globo, e falando mal da emissora. As pessoas sempre tiveram essa capacidade de analisar, de fazer uma reflexão crítica, sobre os meios de comunicação que consomem. Mas hoje o que acontece é que a vida não passa mais na TV. A nossa vida passa nessas conexões digitais. E essas plataformas de mídias sociais sequer se reconhecem como ambiente midiático. Elas são plataformas de negócio, são negócios de tecnologia. Então estamos assistindo isso agora com o Twitter. Quanto muda o tom, muda toda a política de mediação dos dados. Isso eu acho que é um problema gravíssimo, de grande envergadura, porque elas têm uma incidência global. Então é uma questão de política pública não só de um país, mas que tem que ser pensada de maneira global. O modo como a gente dá a ver através dessas tecnologias as nossas interações cotidianas. E elas nos dizem o que podemos fazer ou não. E nós alimentamos esse negócio com as nossas interações cotidianas. Essa inteligência que emerge daí é uma inteligência coletiva que nós fornecemos. É uma forma muito sofisticada do capitalismo de dados na contemporaneidade. O segundo problema grave, é política pública nacional. Podemos novamente dar como exemplo a pandemia. A diferença que foi, por exemplo, entre uma criança que estudava em uma escola particular que seus pais tinham internet em casa de boa qualidade, de crianças que estavam em uma escola pública longe dos grandes centros urbanos no Brasil. Então, assim como teve uma época em que precisávamos lutar por uma coisa como luz para todos, eu acho que a pandemia nos mostrou que é urgente lutar por internet gratuita e de boa qualidade em todos os locais do Brasil. Isso é uma questão de acesso à cidadania. Outro ponto importante a se pensar é que, segundo as pesquisas demonstram, nós acessamos cada vez mais a internet, streaming e até a televisão pelo celular. E o que que acontece com os planos? As operadoras têm total liberdade nesse sentido. Então as pessoas podem ter um plano no qual não têm acesso a algo básico como tirar uma dúvida no Google. Só que esse mesmo plano dá acesso ilimitado ao WhatsApp, ao Instagram, ao Facebook. E a pessoa fica cada vez mais refém das informações que são passadas pelas redes sociais, onde há a distribuição de desinformação com intenção de causar dano a um grupo de pessoas ou instituições. É um campo privilegiado e sem lei. Então isso me parece de fundamental importância. E um outro aspecto, que também é de política pública e que a sociedade precisa se organizar, está na dimensão jurídica desse processo. Calúnia é crime, sempre foi. Mas qual seria a forma contemporânea da calúnia nas conexões de mídias sociais? Quem que vai ser penalizado e como? É quem coloca e quem produz a informação, com certeza. Mas e quem coloca essa informação em circulação sem checar? Então aí cai na questão da literacia mediática. As pessoas precisam ser treinadas para entender esse processo da comunicação contemporânea, inclusive porque elas devem ser responsabilizadas juridicamente por aquilo que compartilham na rede.
Quando você aponta que esse é um problema global que na verdade tem questões até de perfil socioeconômico e de natureza técnica, como você enxerga a potência efetiva da literacia mediática, talvez pensando como política pública? Qual é a potência que você enxerga nessa tentativa de maior esclarecimento das dinâmicas desses entrecruzamentos que ocorrem em um âmbito da internet?
Eu não apenas acredito na potência das formas de letramento midiático, os termos são vários, alfabetização midiática, literacia mediática, dando conta do mesmo universo semântico, que é informar a sociedade sobre o que caracteriza essa cultura midiática na contemporaneidade, como quais são as suas responsabilidades, direitos e deveres nesse cenário. Isso é fundamental. Eu não apenas acredito que seja necessário, como eu acho que seria obrigação do Estado investir nisso, porque isso é uma diretriz da Unesco. A Unesco propõe que as escolas invistam nisso. E eu não apenas acredito, como eu tenho trabalhado com isso desde 2017, num projeto de Pesquisa, Ensino, Extensão em educação transmídia para escolas públicas de países de língua portuguesa. Já desenvolvemos isso para uma escola pública em Díli, no Timor-Leste, Maputo e Beira em Moçambique, e em duas escolas de Belo Horizonte. Eu sei de colegas que estão fazendo esse trabalho em várias outras vertentes da comunicação. Parece que isso hoje é de fundamental importância não apenas para os jovens na escola, crianças e adolescentes, mas, sobretudo, também como uma política para esses centros de convivência de terceira idade, porque cada vez mais as pessoas estão nessas redes sociais. E existe um problema gravíssimo que as pessoas não conseguem mais distinguir se uma imagem, um texto ou um vídeo foram editados. Nós chamamos isso de deep fake, que é essa informação falsa que é manipulada com inteligência artificial. Mas, de modo geral, ela não consegue diferenciar gêneros textuais. Então, a desinformação, especialmente a sua primeira vertente, que é a fake news, a notícia falsa, ela se vale das marcas enunciativas da notícia jornalística. Isso não necessariamente é uma notícia que seja produzida conforme a deontologia do jornalismo, pode ser feita por um cidadão comum, basta ter uma ancoragem no real. Quais são os traços ou marcas de enunciação que você vai buscar? É preciso que as pessoas compreendam isso. Quem disse? Qual é a fonte? Quem produziu essa informação? Se essa informação é de grande impacto social, isso é uma característica fundamental de qualquer notícia e nenhum grande veículo de comunicação sabe disso ainda? Desconfie daquilo que é de grande impacto social e que ninguém sabe. As teorias da conspiração crescem nesse arsenal de desconfiança que é próprio da sociedade da desinformação. Não que elas não existissem antes. Mas elas nunca tiveram tanto poder de aceitação social em larga escala como tem hoje. Então eu acredito que esses processos de letramento midiático, que a gente tem chamado de alfabetização transmídia, devem fazer uma pessoa entender como que alguma coisa que ela compartilha no seu grupo privado do WhatsApp pode alcançar conexões digitais amplificadas. Tem uma dimensão de compartilhamento virótico imenso. Os memes. A dinâmica do boato é própria desse lugar. Então a gente tem que entender que o boato, nas conexões das mídias sociais, pode ser responsabilizado e criminalizado. É fundamental começar a investir nisso porque, de modo geral, há um desconhecimento sobre isso.