Profissão em ascensão

Mercado exige profissionais que mesclam mecânica, robótica, automação, elétrica e eletrônica
O contato com as áreas de Engenharia e Tecnologia durante a infância despertou o interesse de Gustavo, Bruna e Henrique pela Engenharia Mecânica Mecatrônica | Foto: Raphael Calixto
O contato com as áreas de Engenharia e Tecnologia durante a infância despertou o interesse de Gustavo, Bruna e Henrique pela Engenharia Mecânica Mecatrônica | Foto: Raphael Calixto

O que os sistemas de ventilação e antirroubo de sua casa, as impressoras 3D, o maior conforto ou rendimento dos carros, a otimização na logística das indústrias têm em comum? São práticas do universo da Engenharia Mecatrônica, área que, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, publicado pela Confederação Nacional da Indústria, tem a maior projeção de crescimento até 2025, com acréscimo de 46% das vagas ofertadas. O crescimento é projetado em função da formação profissional mesclar a parte mecânica com recursos da robótica, automação, elétrica e eletrônica, a fim de aumentar o desempenho, segurança e agilidade dos processos na indústria, nos serviços, na vida cotidiana das pessoas.

“Há alguns anos, tínhamos máquinas funcionando por elementos puramente mecânicos, como engrenagem, pisão e biela. Hoje é raro encontrarmos essas máquinas. Sempre temos uma parte microcontrolada – circuitos integrados, componentes eletrônicos, sistemas informatizados, ou seja, a Mecatrônica propriamente dita”, explica o Coordenador do Curso de Engenharia Mecatrônica da PUC Minas Praça da Liberdade, Prof. Dr. Klaus Higor dos Santos Silva. “A Mecatrônica permite aumentar a produtividade, diminuir o tempo de fabricação, garantir a reprodutibilidade, minimizar o erro humano. Esta é uma demanda crescente no mercado, uma ótima oportunidade para os futuros engenheiros mecatrônicos”.

As diversas possibilidades de atuação no mercado de trabalho para o engenheiro mecatrônico são justificadas, porque o curso oferece diversas disciplinas que permitem ao aluno entender o produto ou serviço como um todo. É o que o engenheiro mecatrônico Tomás Lerbach, graduado na PUC Minas em 2013, destaca em sua formação. “Independentemente do setor, na indústria automobilística, de alimentos e bebidas, metalúrgica, automação, tecnologias, todas essas empresas trabalham com automação e robótica, utilizando máquinas inteligentes para os processos de produção. A mecatrônica te dá a possibilidade de estar em cargos de grande importância na indústria e abre oportunidades em diversas áreas, como administrativas, financeiras e tantas outras”, explica.

Para os alunos do 1º período do Curso de Engenharia Mecatrônica da Unidade Praça da Liberdade, Bruna Mello, Gustavo Gomes e Henrique Pedrosa, a curiosidade em saber como as coisas funcionavam vem desde a infância, o que contribuiu para escolherem a área. “Gosto muito dessa parte de automatização, de criar, de desenvolver coisas que sejam para o bem de outras pessoas, como maquinário para saúde, lazer e comunicação. Tive oportunidade de fazer parte de uma equipe de robótica na escola onde eu estudava, o que me deu mais vontade de escolher a área. Fiquei na dúvida entre outras engenharias, mas vi que a Engenharia Mecatrônica seria exatamente o que eu queria e o que eu precisava para desenvolver isso futuramente”, conta Bruna.

Já para Gustavo, que foi apresentado à programação Arduino e ESP32 na infância, a certeza da escolha do curso veio porque queria algo relacionado a carros, mecânica, elétrica e eletrônica. “Fiz um curso técnico de automação industrial e, quando revi o que eu realmente queria para o meu futuro, tive certeza que era a Mecatrônica, que é a junção da mecânica com a eletrônica, além da automatização”, explica. Para ele, o que influenciou sua escolha pela PUC Minas foi a estrutura que a Universidade possui, com equipamentos de ponta, além de ter familiares que se formaram na PUC Minas e que estão bem-sucedidos. Henrique também foi influenciado pelos familiares. “Meu primo se formou em Engenharia Mecânica na PUC Minas e, hoje, ele tem uma empresa de bombas pneumáticas e está fazendo muito sucesso. Sempre o admirei, tenho ele como inspiração. Quando me disse para estudar na PUC Minas, não tive dúvidas”, explica Henrique.

Tomás, que atualmente atua em uma empresa de robótica e inteligência artificial na Holanda, conta que estudar na PUC Minas abriu muitas portas para alcançar o cargo que ocupa hoje na indústria. “Já percorri bastante o mercado brasileiro. Trabalhei com empresa do México. Já morei na Dinamarca. Hoje estou na Holanda. Essas oportunidades vieram a partir de um bom conteúdo que tive na Universidade, de bons professores que estavam no mercado de trabalho e que focaram em desenvolvimento e pesquisa, o que traz uma combinação perfeita para o mercado de trabalho, pois gera inovação”, detalha. “O engenheiro mecatrônico da PUC Minas sai preparado, já entendendo o que está acontecendo no mercado de trabalho e projetando novas tecnologias, trazendo inovações para as empresas”. Tomás também destaca a preocupação da PUC Minas em formar profissionais compromissados com valores éticos e humanistas. “Vi e vejo a PUC Minas focando na parte humana e não apenas na teoria. Você consegue ter uma ligação com as pessoas, criar vínculos”.

O Curso de Engenharia Mecatrônica da PUC Minas Praça da Liberdade, única oferta na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi pensado para o cenário atual do mercado. O engenheiro mecatrônico poderá atuar em campos de manutenção, indústria automotiva, indústria de equipamentos médicos, aviação, além dos setores ligados à automação de equipamentos, de sistemas integrados, microcontrolados, de eletrônica embarcada e robótica. “Ao concluir seu curso, o aluno poderá também empreender criando sua própria empresa de consultoria em programação, desenvolvimento de projeto, automatização e robotização de uma linha”, explica o Prof. Klaus. Além disso, o Departamento de Engenharia Mecânica, do qual o curso de Engenharia Mecatrônica faz parte, possui acordo de dupla-titulação com a Universidade de Ciências Aplicadas de Schmalkalden, na Alemanha. “Isso é um grande diferencial do curso, porque ter o diploma válido na União Europeia, facilita o visto de trabalho para aqueles que têm esse interesse”, conclui o professor.

Prof. Klaus Silva, coordenador do Curso de Engenharia Mecatrônica | Foto: Raphael Calixto

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